Ensaio de Prova de Carga Dinâmica - Pile Driving Analyzer (PDA)

É um ensaio de carregamento dinâmico aplicado em estacas para verificar sua capacidade de carga e integridade estrutural, utilizando sensores e análise de ondas de tensão.

A NBR 13208:2007 define o procedimento no Brasil, sendo complementada pela NBR 6122:2022. No cenário internacional, aplica-se a ASTM D4945.

Em alguns casos, sim. Desde que realizado em número adequado e correlacionado, o PDA pode substituir parte das provas de carga estáticas, conforme critérios da NBR 6122.

Rapidez na execução, redução de custos, resultados em tempo real, identificação de danos estruturais e maior segurança no dimensionamento de fundações profundas.

O PDA fornece resultados preliminares em campo. Na Sammour Engenharia, o relatório técnico detalhado é entregue em até 5 dias corridos.

A norma 6122 - Projeto e Execução de Fundações, por meio do item 9.2.2.1 diz "É obrigatória a execução de provas de carga estáticas de desempenho, no decorrer do estaqueamento, em obras que tiverem um número de estacas superior ao valor especificado na coluna (B) da Tabela 6." Então sim, os ensaios de desempenho sejam eles os ensaios PDA e ensaio PCE são obrigatórios para avaliação de fundações profundas desde que sejam atingidos requisitos descritos na Tabela 6 da referida norma.

A logística é um ponto fundamental para a definição da produtividade do ensaio. Em obras de grandes dimensões onde os pontos a serem ensaiados se encontram distantes entre si, é natural que se tenha uma produção mais baixa e em obras com acesso facilitado é natural uma produção maior. Sendo assim a produção geralmente se encontra em um intervalo entre 3 e 10 ensaios por dia. Sendo uma média esperada algo em torno de 5 ensaios por dia.

Depende. O item 5.1.2 da norma NBR 13208/2007 - Ensaio de carregamento dinâmico diz que, no caso de estacas moldadas in loco, devem ser contados pelo menos 7 dias. No caso de estacas cravadas, nossa recomendação é que o ensaio seja realizado após 3 dias após a cravação.Esse prazo está ligado ao efeito de set-up do solo (ou “ganho de resistência ao longo do tempo”), principalmente em solos coesivos (argilas). A execução imediata é permitida, para estacas cravadas, mas a norma ressalta que os resultados tendem a ser conservadores (a capacidade de carga medida pode ser inferior ao valor real que a estaca terá após o ganho de resistência). Em areias ou solos não coesivos, a influência do tempo é pequena, e o ensaio logo após a cravação pode ser representativo. Em argilas e siltes, o efeito de set-up pode ser significativo (há casos de resistência dobrar ou triplicar em algumas semanas), por isso recomenda-se sempre aguardar o prazo normativo.

Em estacas moldadas in loco, é necessário a confecção de um bloco de amortecimento no topo das estacas a serem ensaiadas. Esse bloco também deve ter resistência compatível com a necessidade das tensões dinâmicas empregadas no ensaio.

O ensaio de carregamento dinâmico (ECD) fundamenta-se na teoria da propagação de ondas. Há muito tempo se sabe que, ao ser submetida a um impacto, a estaca gera uma onda de tensão que se propaga ao longo de seu eixo com velocidade constante, definida exclusivamente pelas propriedades do material.

O uso prático desse conhecimento, entretanto, só ganhou impulso a partir da década de 1960, com os avanços da eletrônica e da computação. Nesse contexto, o trabalho pioneiro de E. A. Smith (1960) representou a primeira aplicação computacional para a solução da equação da onda em fundações. Poucos anos depois, no final dos anos 1960, tiveram início as pesquisas que resultaram no desenvolvimento do PDA (Pile Driving Analyzer) e da metodologia moderna de ensaios dinâmicos, conduzidas pelo professor George G. Goble, na Case Western Reserve University (EUA).

No Brasil, empresas pioneiras começaram a execução dos ensaios no fim da década de 90, mas o ensaio ganhou força de fato no fim dos anos 2000, com a NBR13208-07 e a entrada de novas empresas no setor tornando o ensaio dinâmico o ensaio mais executado para validação da capacidade de carga de fundações profundas no Brasil.

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